segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Palmacéias e Trepadeiras

Algumas outras dicas de flores que as ASF adoram:

Palmacéias
Coqueiro Jeriva (Syagrus romanzoffina)
Palmeira Seaforthe (Archontophoenix alexandrae)
Palmito Açai (Euterpe oleracea)

Trepadeira
Amor agarradinho Branco (Antigonum leptopus ''alba'')
Amor Agarradinho Rosa (Antigonum leptopus)
Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Árvores Melíferas


Olá amigos, segue uma pequena lista de árvores melíferas muito boas e aceitas pelas ASF.

Assa-peixe (Vernonia polyanthes)
Austrapéia Branca (Dombeya natalensis)
Austrapéia Lilás (Dombeya burgessiae)
Austrapéia Rosa (Dombeya wallichii)
Eucalipto Flores Vermelhas (Eucalipto ficifolia)
Mutre (Aloyse Virgata)
Mutre (Aloyse gratissima)
Paineira Vermelha da Índia (Bombax ceyba)
Resedá Branco, Lilás, Rosa (Lagerstroemia indica)
Ipê de Jardim (Tecoma stans)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Odontonema


A Odontonema (Odontonema strictum) é um arbusto de ramagem ereta e porte médio, alcançando 2 m em cultivo. Ela é originária das matas tropicais da América Central. Suas folhas são ovaladas, opostas, glabras e de coloração verde-brilhante. Os ramos são de textura semi-herbácea, de coloração verde, tornando-se arroxeados no ápice. As inflorescências são do tipo panícula, terminais, com muitas flores vermelhas, tubulares. O período de floração varia de acordo com a região onde está inserida, podendo ser primavera e verão ou outono e inverno.

O jardim tropical é o mais adequado para esta planta, que gosta de clima úmido, quente e prefere ter proteção contra o sol mais forte. Ela pode ser aproveitada em grupos irregulares ou em renques, assim como isolada em vasos e jardineiras. Suas inflorescências duradouras a tornam apropriada também para flor-de-corte. Atrai abelhas, borboletas e beija-flores.

Devem ser cultivadas sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável e enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Podas de formação e adubações anuais estimulam a renovação da folhagem, e uma intensa floração. Apesar de ser tipicamente tropical, ela é tolerante ao frio, desde que este não seja muito rigoroso. Multiplica-se facilmente por estaquia.

* Por ser uma planta rica em nectar, plantei 3 exemplares aqui no jardim para verificar a aceitação das ASF, essa semana uma muda começou a soltar a primeira flor. Tendo notícias, complemento esse post!

Após a plena florada dessa planta, posso afirmar que as Jataís e Mirins amam essa planta, pois desda floração minha colônias cresceram e começaram a produzir bastante mel. Outra abelha que tenho visto muito nessa planta é a Uruçu Nordestina.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Caixas (Colmeias) para Abelhas Sem Ferrão

Caixas para Jataí, Mirim, Manduri, Mandaçaias e Uruçus, Modelo INPA, PNN, AF, NORDESTINA,PNN2!

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Alfazemas (Lavanda)


As lavandas (popularmente conhecidas como alfazemas) são plantas do gênero Lavandula, da família Lamiaceae. São pequenos arbustos, perenes, incluindo também as anuais e os subarbustos. O nome é mais frequentemente usado para as espécies do gênero que crescem como ervas e para ornamentação. Destas as mais comuns são a lavanda inglesa e a Lavandula angustifolia (L. officinalis). As espécies ornamentais geralmente são as L. stoechas, L. dentata, e a L. multifida.
As lavandas crescem em jardins. Suas flores são usadas para arranjos florais secos. As flores púrpuras e os brotos, de fragrância suave, são utilizados em potpourris. Secos e embalados em pequenos saquinhos de tecido de algodão são utilizados para serem colocados entre as roupas do armário para dar-lhes uma fragrância fresca e agradadável, e também para impedir a presença de insetos e parasitas. O cultivo comercial da planta é para a extração de óleos das flores, caules e plantas, que são utilizados como anti-sépticos, em aromaterapia e na indústria de cosméticos. Como produto terapêutico, em infusão, deve ser evitado o uso contínuo, podendo produzir excitação em dose tóxica.
O óleo essencial da lavanda (do latim "lavare", "lavar") já era utilizado pelos romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo (indicado para insônia, calmante, relaxante, dores, etc.). O óleo é obtido da destilação das flores, caules e folhas da espécie Lavandula officinalis. Entre várias substâncias, o óleo apresenta na sua composição o linalol e o acetato de linalila, que conferem a sua fragrância e, ainda, resina, saponina, taninos cumarinas.
As flores de lavanda produzem um néctar abundante que rende um mel de alta qualidade produzida pelas abelhas. O mel da variedade lavanda foi produzido inicialmente nos paises que cercam o Mediterrâneo, e introduzido no mercado mundial como um produto de qualidade superior. As flores da lavanda podem ser utilizadas como decoração de bolos. A lavanda também é usado como erva isoladamente ou como ingrediente da erva da Provence (França).

Também é uma planta muito apreciada pelas ASF (Abelhas Sem Ferrão), bastante plantada em jardins e jardineiras de meliponicultores.

Solo

As espécies de Lavandula são nativas de solos rochosos e  pobres da bacia mediterrânica, muitas dessas espécies ocorrem naturalmente em solos calcários. Daí que as espécies da secção Lavandula (angustifolia, latifolia e híbridos) prefiram os solos neutros a alcalinos; toleram solos mais ácidos, sendo muitas vezes cultivadas com sucesso em solos ácidos, tornam-se no entanto mais susceptíveis a problemas que em solos próximos da neutralidade. As espécies da secção Stoechas toleram solos mais ácidos, algumas preferem-nos mesmo a solos neutros uma vez que são nativas de solos ácidos. Normalmente todas as Lavandulas preferem solos arenosos ou bem drenados, alguns dos cultivares mais apreciados de Lavandula angustifolia, como por exemplo o Hidcote Blue são muito sensíveis em solos pesados (argilosos) e mal drenados, adoecendo e morrendo com facilidade, principalmente quando acresce demasiada acidez do solo. Daí que seja conveniente em solos argilosos torná-los mais ligeiros pela adição de generosas quantidades de matéria orgânica (de preferência), ou de materiais inertes como a areia. Quando se pretende plantar cultivares sensíveis deve-se ainda corrigir o pH do solo com calcário.

Clima

As espécies pertencentes às secções Lavandula e Stoechas toleram geadas e mesmo nevões não muito prolongados, desde que se faça a aclimatação. Isto significa que uma planta recém saída de uma estufa terá problemas em sobreviver a uma geada forte, no entanto sobreviverá sem problema se for progressivamente aclimatada ao frio, como acontece naturalmente na mudança das estações. As espécies da secção Dentata são mais sensíveis ao frio tolerando no entanto geadas moderadas. As espécies da secção Pterostoechas são sensíveis ao frio, sendo afectadas pelas geadas ou ventos gelados secos (geadas negras) e podendo facilmente morrer com geadas fortes.
Exposição
Todas as Lavandulas devem ser colocadas num local bem exposto ao sol, pois em locais sombrios terão crescimento e floração pobres e tempo de vida reduzido.

Fertilização

Sendo plantas nativas de solos pobres não são plantas exigentes, sendo mesmo desaconselhado o excesso de fertilização, principalmente azotada. No entanto deve ser feita alguma fertilização, principalmente para atingir todo o potencial de floração que alguns cultivares permitem.. Uma boa adição de matéria orgânica bem decomposta é o ideal, sendo de evitar estrumes frescos ou mal decompostos ricos em azoto (que se distinguem pelo cheiro a ureia). Para as alfazemas (secção Lavandula), nativas de solos calcários, será útil fazer uma fertilização rica em cálcio, havendo que aconselhe a utilização de farinha de ossos. Quem opte por fazer fertilização química deverá preferir os fertilizantes de libertação lenta.

Rega

As Lavandulas são, no geral plantas tolerantes à seca suportando sem dificuldades os quentes e secos verões mediterrânicos, no entanto há que ter alguns cuidados quando as plantas não tiveram tempo para se estabelecer ou são cultivadas em vaso. Quando são plantadas em primaveras secas ou tardias devem ser regadas regularmente no verão até às primeiras chuvas de outono. Mesmo uma boa rega no verão mediterrânico não permite o bom estabelecimento da planta que só acontecerá com chuvas. Por outro lado deve haver cuidado em não regar demasiado, uma vez que a humidade e o calor são condições propícias ao desenvolvimento de doenças. Assim o ideal é plantar no outono ou no início da primavera, quando, em anos normais, ainda vai chover o suficiente para a planta se estabelecer no solo. As Lavandulas bem estabelecidas toleram secas severas como a que aconteceu em 2005, mesmo em solos secos, entrando naturalmente em dormência e portanto parando o crescimento. Quando cultivadas em vaso devem ser regadas, dependendo do tamanho da planta e do vaso, com frequência que pode ir até diariamente em períodos quentes e secos, quando as plantas estão bem desenvolvidas.

Doenças e pragas

Podem ser atacadas por fungos, vírus, micoplasmas, afídeos, lagartas e outros insectos pouco frequentes. Embora as pragas não sejam normalmente problema, a não ser que haja grandes desequilíbrios ecológicos ou excessos de fertilização, as doenças causadas por fungos podem surgir com alguma frequência quando as condições de solo ou exposição não são adequadas. Nestes casos o melhor é corrigir a causa do problema em vez de tratar a doença com químicos, uma vez que se não se corrigir a causa o problema voltará a aparecer. As plantas afectadas com alguma severidade devem ser arrancadas e queimadas para evitar o contágio, no entanto em ataques ligeiros uma poda resolve o problema.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Uruçu Amarela - Bugia (M. ruf. mondory)


A Uruçu Amarela ou Bugia, como é conhecida popularmente por ser da mesma cor do macaco Bugio nativo da mata atlântica (mata predominante no sudeste e sul do Brasil) .

Conhecida no Brasil como Uruçu amarela ou Rufiventris, mas é um nome comun pois existe no Brasil 4 espécies de Uruçu amarela mais conhecidas, entre elas:

-Uruçu amarela - Bugia (M. ruf. mondory) que é dominante na Mata Atlântica.

-Uruçu amarela - Planalto central (M. rufiventris rufiventris) que é dominante no centro do Brasil em regiões mais quentes.

-Uruçu amarela - Flavolineata (M. flavolineata) dominante no Maranhão e Pará em regiões mais umidas.

-Uruçu amarela preguiçosa - (M. puncticollis) dominate no Pará e mata amazonica.

Essa são as espécies mais conhecidas das Uruçus amarelas. No entanto existem cerca de 14 subespécies. 

Um enxame populoso em local de mata atlântica é capaz de produzir até 6 kg de mel pro ano e podem chegar tranquilamente de 4 a 5 mil abelhas em um enxame em condições favoráveis.

Realmente está espécie é suscetível a forídeos quando o enxame está mais novo, e para se obter sucesso na criação é preciso se trabalhar apenas com enxames a nível 70% de força ou mais, ao realizar divisão nesta espécie quando seu enxame não está suficientemente forte e com bom estoque de pólen e mel é muito provável a perda, pois por algum motivo a rainha se forma mais não começa a realizar postura, e assim o enxame é atacado por forídeos, e acaba definhando até a morte.

É incrível ver tamanha força e vontade de trabalhar na colecta de pólen e néctar desta espécie, mesmo no inverno, a primeira espécie a trabalhar e ter grande movimento são as Bugias, saindo mais cedo até que as Mandaçaias. E como são batalhadoras, acham pólen não sei onde e como!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Manduri (Melipona marginata)


A  manduri mede aproximadamente 7mm Sua distribuição geográfica vai desde América Central até Argentina e Estado
de Santa Catarina e São Paulo.

As colônias são pouco populosas, por volta de 300 indivíduos. Os locais de nidificação são principalmente ocos de árvore, podendo ocorrer também em paredões de taipa. esta espécie se adapta bem em caixas racionais.

A entrada do ninho é um pequeno orifício onde passa apenas uma abelha de cada vez, Essa espécie apresenta favos de cria horizontais ou helicoidais. Não apresenta células reais.

Em torno dos favos de cria há um invólucro freqüentemente bem desenvolvido. Os potes de alimento têm 3 a 5cm de altura. Pode apresentar refúgios coletivos de rainhas virgens, no meio ou abaixo dos potes de alimento.

E uma espécie rustica e resistente ao clima frio do sul do Brasil, grande produtora de mel produz em média 3 litro por verão,  é a maior produtora de mel se levar em consideração o número de operárias a qual não passa de 300. 

O seu manejo e meio complicado não aceita manejo por cima sempre pelo meio, se manipular por cima faz tapume de barro para vedar sua observação e isto impede a colocação de mais sobre ninho e melgueira, claridade acima de seu teto esta abelha interpreta como inimigo e imediatamente faz o tapume. 

A manduri e bastante agressiva e tem mandíbulas forte seu ataque é intenso sendo nescessário o uso de máscara de apicultor para sua manipulação, esta espécie não tem veneno mas seus belisco incomoda muito. O ataque ocorre se for manipulado o ninho no contrario é inofensiva.  

A sua multiplicação é simples não se faz nescessário localizar realeira pertence ao grupo das meliponas suas multiplicações sempre são bem sucedidas espécie bem resistente, trabalha muito em prool a sua família. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mutre anão (Aloysia gratissima)

Esta é a planta favorita de inúmeras pessoas, e também pode ser a nossa favorita. Alguns acham que sua fragrância é um presente que não pode ser superado. O seu aroma perdura no ar por todo dia e toda a noite. Ao contrario da maioria das plantas perfumadas, o perfume do Mutre não pára, permeando o ar com um perfume doce e forte de amêndoas. Já muitos apicultores o adoram, porque dizem que com ele conseguem triplicar a produção de mel. O mutre possui uma flor que atrai vários tipos de insetos, principalmente abelhas e borboletas. E é pela sua propriedade de atração de abelhas que se tornou uma das plantas preferidas dos Meliponicultores. Por ser uma planta nativa da América do Sul, o Mutre se desenvolveu junto com as nossas abelhas e praticamente todos os tipos de meliponineos o visitam, assim como muitas das nossas abelhas solitárias.

A  Aloysia gratissima é uma planta da família das Verbenaceaes. No sul do Brasil, onde é nativa, a planta é conhecida como Cambará-lixa e sua floração é restrita ao final da primavera e ao período de verão. Já quando passou a ser cultivado em jardins ou extensivamente para extração de seu óleo essencial, foi desenvolvida uma variedade que floresce praticamente durante praticamente todo o ano e é a esta variedade que nos referimos, quando mencionamos o Mutre ou Mutre Anão.

O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.

O Mutre pode ser cultivado em vasos e ser mantido com uma pequena altura através de podas regulares. Inclusive a poda é recomendada não só para cultivos em vasos, como também cultivos externos, para aumentar a quantidade de ramos e consequentemente de flores. Sempre que a planta é podada, logo abaixo do ponto de corte surgem inúmeros ramos que tem um crescimento muito rápido e o florescimento se dá em algumas semanas.

Adele Maria Sá Nascimento dos Santos defendeu em fevereiro de 1999 sua tese de mestrado, “ESTUDO DO MUTRE (Aloysia gratissima) COMO FONTE DE NÉCTAR PARA ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera) NO ESTADO DO CEARÁ”. A pesquisa foi realizada no apiário do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, localizado em Fortaleza. Os dados foram coletados no período de junho de 1996 à fevereiro de 1999, visando avaliar potencial do mutre, (Ruiz et Pav.) Juss., como fonte de néctar pra as abelhas.

Em sua tese Adele concluiu que o Mutre apresenta requisitos importantes que o classificam com uma boa fonte de néctar pra as abelhas como abundância de flores, abertura floral ao longo do dia, néctar com boa concentração de açúcar, florescimento contínuo ao longo do amo e a presença de uma população de abelhas forrageando durante todo dia. A pesquisa foi para Apis melífera, mas a grande quantidade de meliponineos que também visitam as flores do Mutre leva-nos a inferir que o Mutre também é sumamente importante para a Meliponicultura.

Fonte: AME-RIO

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Livro Apicultura

E acaba de chegar mais um livro pra estudar!





Mel de Uruçu Nordestina (Melipona scutellaris)


A abelha uruçu do litoral baiano e nordestino se destaca de outras abelhas da região pelo seu porte avantajado (é do tamanho de Apis mellifera ou maior), pela grande produção de mel e pela facilidade de manejo, atividade que já era desenvolvida pelos povos nativos antes da chegada dos colonizadores. Baseado nesses conhecimentos, vários pesquisadores e meliponicultores dessa abelha têm se dedicado com êxito, ao trabalho de extensão e manejo, incentivando populações rurais, assentados e curiosos na criação de abelhas nativas com caixas e métodos de divisão simples.

Os méis, que podem ser comercializados em litros, são mais líquidos que os de Apis. São usados como remédio, renda extra ou mesmo um alimento melhor para essas famílias. Nos trabalhos mais criteriosos, os criadores das abelhas são incentivados a retirar o mel com bomba sugadora, o que diminui o manuseio, o desperdício de mel no fundo das caixas e evita a morte de ovos e larvas quando não se inclina a colméia para escorrer o mel. 

O mel dessas abelhas, além de muito saboroso, pode ser produzido até 7 litros/ano/colônia em épocas favoráveis, embora a média seja de 3-4 litros/ano. É considerado medicinal principalmente pelas populações regionais. Segundo Mariano-Filho (citado por Nogueira Neto 1970) o mel dessa abelha é altamente balsâmico e infinitamente mais rico em princípios aromáticos do que o mel de Apis mellifera). Estudos feitos em laboratório confirmaram os seu poder antibacteriano (Cortopassi-Laurino & Gelli 1991 e Martins et al 1997). Devido ao alto teor de água, eles devem ser armazenados em geladeira ou freezer quando não forem consumidos imediatamente.

A análise da composição de mel de uruçu no município de Pirpirituba (PB) foi realizada coletando o mel com seringas de três potes fechados de dentro dos ninhos instalados em caixas de madeira. Com auxílio de refratômetro, foi analisado o teor de água desses méis. Os méis apresentaram porcentagem de água provavelmente influenciada pelas condições ambientais. Nos meses secos de out/98-jan/99, os méis (número de amostras=20) eram mais líquidos, com teores de água variando de 27-29,7%, sendo que encontramos também potes fechados com 92%, sugerindo que as abelhas armazenam esse líquido. Ao contrário, nos meses mais úmidos, de 2/99-6/99, os méis (número de amostras = 21) continham menores teores de água, variando de 25-26,3% (Cortopassi-Laurino & Aquino 2000).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Se todas as Abelhas Morressem...


As abelhas são responsáveis pela polonização. Se elas sumissem, acabariam-se as plantas e sem elas os animais não sobreviveriam e, de acordo com Einstein, o homem duraria apenas mais 4 anos.

O sumiço das abelhas 

Nas plantas alógamas o pólen de uma flor vai ao estigma, porção terminal do órgão feminino da planta destinada a recolhê-lo e sobre o qual ele germina, levado por insetos. 
Nesta tarefa, as abelhas são muito ativas e mais de sessenta por cento da fecundação pela polinização tem a interferência delas. 
Isto é tão importante que, nos Estados Unidos, os apicultores têm uma renda apreciável pelo aluguel de suas colônias itinerantes na época das florações (amêndoas, cítricos, mostarda). 
Surgiu, agora, uma denúncia da Associação de Apicultura Americana que revela um problema com gravidade nunca vista no mundo. 
As abelhas estão sumindo!!! 
Elas desaparecem, deixam as colmeias abandonadas com a rainha para trás o que é totalmente atípico na espécie. Não se encontram restos mortais. 
Não há abelhas mortas nas colmeias indicando uma intoxicação ou uma doença. 
Segundo o Presidente da Federação de Apicultores dos Estados Unidos, Walter Haefeber, o problema atinge 30 estados americanos. [A revista Der Spiegel na Alemanha publicou reportagem com o texto: uma dizimação misteriosa das populações de abelha preocupa os apicultores alemães, enquanto um fenômeno semelhante nos EUA está assumindo gradualmente proporções catastróficas]. 
A imprensa vive muito de alarmismo e o chamado "Colapso das Colônias de Abelhas" tem conseqüência de imensa magnitude. 
Sem abelhas não há polinização, não se formam os frutos e suas sementes, a descendência é bloqueada, acabam as plantas, os animais desaparecem. Como o homem poderá sobreviver? De acordo com os cientistas em cinco anos o homem desapareceria do planeta. 
Segundo os apicultores americanos a própria existência da apicultura está ameaçada mas está evidente que é muito mais que isto!!! É a existência da humanidade que está em jogo. 
Se é algo tão sério por que ainda não se instalou uma intensa divulgação e discussão das causas. 
Alarme e pânico não são bem-vindos mas estudos e prudência têm que estar presentes. 
Quais seriam as causas do problema? 
Um ácaro Varroa oriundo da Ásia e que parasita a abelha: Nesta hipótese, por que ela desapareceria? Para problema de tal magnitude teria que haver um número enorme de ácaros. 
Preocupa a prática disseminada e incentivada pelas transnacionais, de borrifar herbicidas até em flores silvestres. 
As monoculturas também são apontadas como causadoras do sumiço das abelhas por acabarem com a biodiversidade e limitarem os períodos de floração com pólen disponível. 
Algumas abelhas mortas estudadas revelam a presença de mais de uma infecção bacteriana além da presença de fungos. 
Seria uma evidência da diminuição da imunidade das abelhas? Alguns se atrevem até a chamar a doença de "AIDS das abelhas". 
Estudos realizados nos Estados Unidos e em Universidade alemã apontam para alterações nos organismo das abelhas como a causa da doença admitindo a hipótese de que há relação dos transgênicos com este surpreendente e extraordinário problema. 
Tudo acontece em áreas de monocultura em que não existem matas nativas e com plantações extensas de transgênicos. 
O transgênico Bt do milho é o mais acusado. 
O cientista e professor titular de genética da Unb em artigo enviado ao Jornal da Ciência com estas informações manifesta sua preocupação com a liberação do milho transgênico pela CNTBIO para plantio e comercialização (aprovado no dia 16 de maio. O professor Aluízio Borém do departamento de Fitotecnia da UFV, membro da CTNBio informa que a decisão terá que ser ratificada pela comissão Nacional de Biotecnologia com 11 membros presidida pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Havendo aprovação terá que haver um monitoramento do cultivo 
Vamos aos fatos: 
As abelhas estão sumindo 
Sem elas não há polinização 
Todas as plantas que têm a sua reprodução por polinização por insetos serão afetadas. 
As mais fortes evidências para o colapso das colmeias com desaparecimento das abelhas indicam como causa os transgênicos em especial os do milho. 
Quase todas as pesquisas atuais estão direcionadas para o interesse industrial e das transnacionais financeiras. Não há preocupação com o ser humano, suas condições de vida e o meio ambiente. 
É inadmissível que ante a mais leve dúvida de que o transgênico pode acabar com a própria sobrevivência da humanidade (não podemos esperar para ver se é alarmismo) se permita a sua disseminação em larga escala. 
Quem possibilita ou facilita uso dos transgênicos ainda insuficientemente estudado deveria ser processado por crime de lesa-humanidade ? se tal crime não existe deveria ser estabelecido. 
É imprescindível incentivar e alimentar muito a pesquisa dos transgênicos em situações seguras para não haver contaminações e disseminações indesejadas e em instituições independentes dos interesses das empresas privadas transnacionais. 
Cabe uma observação. Já existem árvores geneticamente modificadas e o eucalipto é a que maior interesse desperta; 
Se a doença das abelhas pode ser provocada pelo pólen dos transgênicos a monocultura do eucalipto que é um deserto verde que altera lençóis freáticos, meio ambiente, além das sérias conseqüências por não produzir alimentos e oferecer pouquíssimos empregos (1 só emprego para 180 hectares) pode representar um enorme perigo de agravamento do problema. 
O eucalipto tem fruto rígido não comestível mas tem muito pólen. Por isso, um dos poucos seres vivos que sobrevivem nesta monocultura é a abelha. 
Diante disto é inteiramente absurdo o governo do Rio de Janeiro querer aprovar em regime de urgência um projeto para facilitar a Silvicultura econômica que, em última análise, vai redundar em monoculturas com árvores geneticamente modificadas. Isto beneficia a transnacional (Aracruz) que já espalha o seu deserto verde até o momento ainda livre de árvores transgênicas em muitos municípios da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, para produzir pasta de celulose, exportada com isenção de impostos. 
Observe que o prazo máximo das pesquisas feitas com árvores geneticamente modificadas é de 15 anos. Para uma árvore, este é um tempo muito reduzido. Não é suficiente para observar sucessões de gerações. Elas vivem muitos anos e, modificadas em seu cerne genético, como estarão em 20, 30, 40, 50 anos? 
Será que ante tais ameaças alguém tem a coragem de liberar e permitir a difusão dos transgênicos. 
Não podemos recear um alarmismo, um apavoramento da humanidade com esta história de transgênicos e abelhas para defender a ambição desenfreada e sem ética das transnacionais. 
Bloquear os transgênicos para ficarem em nível só de estudos e pesquisas muito controladas não é somente um ato de prudência mas a certeza de estar defendendo o próprio futuro da humanidade.

(Rui Nogueira)