quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Meliponário Ypy, Primeiro Meliponário Urbano de Limeira-SP

O Meliponário Urbano de Limeira recebeu na manhã de hoje (11/10/2018) as duas primeiras colmeias de abelhas nativas, das espécies Mandaguari e Jataí. As colônias foram doadas pelo meliponicultor Daniel Marostegan Doro. O equipamento foi instalado na Praça 1º de Maio, no Jd. Morro Azul, e nomeado de Ypy, que em tupi-guarani significa “origem”. O idealizador do projeto é o capitão da PM Costa Pereira. As secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, de Obras e Serviços Públicos e de Mobilidade Urbana se mobilizaram para viabilizar o projeto em parceria com a Polícia Militar.

Daniel ressalta que as espécies escolhidas não possuem ferrão e são dóceis, não representando nenhum tipo de risco para a população. Será feita a doação de outras espécies nos próximos meses, como a mandaçaia, lambe-olhos e mirim droryana. “Elas precisam se fortalecer antes de serem transportadas”, explica.

Ele conta que a preservação das abelhas nativas do Brasil é fundamental para a vegetação do país, já que as exóticas não fazem o trabalho de polinização de plantas nativas. “Minha intenção é dar uma contribuição de tempo e conhecimento para que outras pessoas também se conscientizem e atuem na preservação das abelhas”, fala. Além da doação das colmeias, Daniel contribuirá de forma voluntária em atividades de educação ambiental que envolvam o meliponário urbano.

Para o diretor de Licenciamento, Fiscalização e Áreas Verdes, da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, Rogério Mesquita, o ganho ambiental dessa iniciativa é muito positivo. “É fundamental que a prefeitura fomente ações como essa que, além de preservar, promovem conscientização.” Mesquita ressalta, ainda, que a intenção é que a iniciativa seja expandida para outros espaços públicos, como o Horto e parques arborizados descentralizados.

MELIPONÁRIO URBANO

Trata-se de um espaço público em que serão colocadas colmeias e enxames de abelhas meliponas, que são nativas, não possuem ferrão e são dóceis. O equipamento começou a ser instalado em agosto na Praça 1º de Maio, no Jd. Morro Azul, próximo à Base da PM e da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp. A expectativa é que sejam colocadas no local 15 colmeias distintas.

A área destinada ao Meliponário Urbano é de 20 m², protegida com grades largas para possibilitar a entrada e saída das abelhas. Haverá ainda comunicação visual sobre o projeto com identificação das abelhas e informações para a população. Foram plantadas no local as flores mini-erica e icsória, para estimular o desenvolvimento das colmeias e enxames.

sábado, 6 de outubro de 2018

Mandaguari Amarela ou Tujumirim (Scaptotrigona xanthotricha)

Ocorrem naturalmente nos estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo..

São abelhas bastante defensivas e possuem colônias muito populosas. São boas produtoras de mel, porém produzem própolis e pólen em grande escala.

Na natureza as colônias são encontradas em ocos de árvores grossas. A entrada do ninho é feita de cerume mais claro em forma de funil. Os discos de cria são protegidos por cerume e envolvidos pelos potes de alimento. Os discos de cria podem chegar até 16 cm de diâmetro de forma helicoidal ou sobrepostos horizontalmente. Os potes de alimentos possuem de 2,5 cm até 3 cm de altura. A população da colônia varia em torno de 2 mil abelhas.

Pelo fato de ser uma espécie de abelha bem rústica, ela praticamente está imune ao ataque dos forídeos,  conseguem se proteger muito bem contra eles.

Para a multiplicação de colônias usa-se discos maduros e realeiras, entretanto muitos meliponicultores (inclusive eu) tem feito multiplicações sem a presença de realeira, e um resultado de 100% no surgimento de rainha nas caixas filhas. Faço multiplicações dessas abelhas desde 2015 sem me preocupar em localizar realeira, todas elas até hoje foram muito bem sucedidas. 

domingo, 9 de setembro de 2018

Moça Branca (Frieseomelitta doederleini)

A Abelha Moça Branca é típica do bioma Caatinga. Apontada como espécie endêmica do Nordeste, a moça branca esta distribuída geograficamente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A moça branca se caracteriza pelo seu pequeno porte, cabeça preta, tórax, abdômen e pernas pardacentas.

Produz mel claro, de aroma suave e muito valorizado. Abelha que tolera a seca, produz mel principalmente a partir das flores do umbu, umburana, espécies que florescem no período mais seco da região.

São abelhas pequenas e muito defensivas, com o comportamento de depositar própolis sobre a pessoa quando importunada. As proximidades da colméia são cobertas com própolis pelas próprias abelhas. A entrada do ninho é pequena, não saliente e permite que apenas uma abelha passe por vez. A cria é produzida em células que encostam levemente umas nas outras ou são ligadas por um cabo pequeno de cerume, formando grupos parecidos com cachos”. Não fazem discos de cria e não fazem invólucro. Os potes de pólen são cilíndricos ou cônicos, com cerca de 3 cm de altura e os potes de mel são ovoides, com cerca de 1,5 cm de altura, as colônias podem ser médias ou grandes.

A Moça Branca apesar de ser bem pequena, ela é muito forte, rústica, boa produtora de mel e com grande poder de recuperação de suas colônias.

Por pertencerem ao grupo das trigonas, elas para serem divididas precisam de uma realeira.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Caixa para Mandaçaia modelo L

Olá amigos, hoje venho mostrar aqui pra vocês a caixa para Mandaçaia que venho testando e tendo ótimos resultados. A caixa tipo "L" , modelo desenvolvido por mim, na minha opinião a partir dos testes que tenho feito, facilita o manejo e multiplicação das abelhas Mandaçaia. Com base nesse ótimo resultado, estarei a partir de agora testando esse mesmo modelo para Jataí e para Uruçu Amarela. Em breve vou postar um vídeo com a caixa vazia explicando o funcionamento dela por dentro mais detalhadamente. Dúvidas fiquem a vontade em deixar perguntas, abraços a todos!

E para quem quiser comprar essa caixinha, acesse: www.lojadasabelhas.com.br

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Lambe-olhos (Leurotrigona Muelleri)

A abelha Lambe-Olhos é uma espécie nativa e corre risco de extinção. É  uma  abelha resistente às  intempéries, como calor,  sol  e  chuva. Possui o ferrão atrófico, que não se desenvolveu, portanto é incapaz de picar. A forma de se defender é bastante conhecida: procura os olhos das pessoas a fim de lamber a secreção que umedece o globo ocular. Em vários estados  brasileiros, essa abelha é encontrada  nas  cidades,  em  tubulações elétricas, ou em muros de tijolo baiano. Seu enxame é, na maioria das vezes, mediano e pequeno. Da mesma forma, a produção de mel e o estoque de pólen são processos muito lentos, já  que é uma abelha Lambe-Olhos é bem pequenina.

Apesar do seu tamanho, a defesa é realizada por 3 a 4 operárias-guardas na abertura do tubo de entrada da colônia, que mede cerca de 0,5 cm de diâmetro. Quando acontece a invasão de intrusos, como abelhas de outras colônias ou formigas, as operárias imediatamente retiram resina do depósito com as mandíbulas e a grudam no invasor, imobilizando-o. 

Ocorrência

A Lambe-Olhos é uma abelha encontrada na Bahia, no Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, na Paraíba, em Rondônia, em Santa Catarina, em São Paulo, no Tocantins, no Paraguai e no Peru.

Morfologia

A abelha Lambe-Olhos é considerada a menor abelha do mundo, com aproximadamente 1,5 milímetros. Possui a coloração do corpo negra, com asas maiores do que sua extensão corporal.

Ninho

A entrada da colônia da Leurotrigona muelleri é um pequeno tubo, feito de cerúmen, de cor escura permitindo a passagem de mais de uma abelha. As operárias  constroem potes, para armazenamento do pólen e mel, ligeiramente ovalados e de coloração amarela clara, aparentemente com pouca mistura de resina e translúcida, quase que exclusivamente de cera da própria abelha. As células de cria são construídas, em forma de cacho, ligadas umas as outras por um pequeno pilar de cera. Já as células novas com ovos e larvas em fase de alimentação são menores que as células já com casulos, isto é com pupas. 

Tarefas de manutenção do ninho, cuidados com a prole, coleta de alimento e defesa são tarefas de grupos etários de operárias, variando conforme às condições e às necessidades da colônia. Na medida em que as operárias envelhecem, vão mudando de atividade dentro da colônia. 

Células de cria 

Quando as células de cria estão prontas, a rainha inspeciona o seu interior. Enquanto isso, as operárias começam a se inserir na célula e logo inicia a deposição de alimento por regurgitação. Em seguida, a rainha bota um ovo sobre esse alimento. Uma operária sobe na célula tratada, insere o abdômen nesta e começa fazer movimento de rotação comprimindo o colar da célula com as mandíbulas e as pernas. Quando o colar é completamente abaixado, outras operárias ajudam a terminar a operculação da célula. Após a postura em uma célula tratada, a rainha segue em busca de outra célula onde todo processo é repetido.